sábado, 18 de fevereiro de 2023

ESTRAGOU-SE A CASA! (Um poema a trote de asno!)

 ESTRAGOU-SE A CASA! (Um poema a trote de asno!)

Hóstias fervilhantes saltam de cálices mal lavados...
Anos de ânus rechaçados por opas rendilhadas...
Aos encostos de fronha contra paredes de lavabos...
Dos dedos de santidades brilham broches cintilantes...
Num rompante, fíbulas são arrancadas à dentada...
Em passeatas, pic-niques de pastos semi-verdejantes...
Dos palcos verão milhares de passarinhos de bico aberto...
Piu, piu, chilreiam bandos pelo santificado licôr de noz...
Engalanado o gárrulo-de-garganta-branca, fino, esperto...
Paios, fêveras, tiras de presunto e chouriço assado...
Seduzidos por letras maviosas os estólidos da praça...
Vocifera em uníssono o povão sopitado...
-Atão, mas... Queremos mais caldo-verde caralho!
-Este num chega i não bim práqui para bôs ber!
-Ponde-bos finos que bos bou às bentas, meus caralhos!