ESTRAGOU-SE A CASA! (Um poema a trote de asno!)
Hóstias fervilhantes saltam de cálices mal lavados...
Anos de ânus rechaçados por opas rendilhadas...
Aos encostos de fronha contra paredes de lavabos...
Num rompante, fíbulas são arrancadas à dentada...
Em passeatas, pic-niques de pastos semi-verdejantes...
Dos palcos verão milhares de passarinhos de bico aberto...
Piu, piu, chilreiam bandos pelo santificado licôr de noz...
Engalanado o gárrulo-de-garganta-branca, fino, esperto...
Paios, fêveras, tiras de presunto e chouriço assado...
Seduzidos por letras maviosas os estólidos da praça...
Vocifera em uníssono o povão sopitado...
-Atão, mas... Queremos mais caldo-verde caralho!
-Este num chega i não bim práqui para bôs ber!
-Ponde-bos finos que bos bou às bentas, meus caralhos!