quarta-feira, 7 de junho de 2023

MAL AGRADECIDOS e EU NÃO SOU UM DINOSSAURO!

 MAL AGRADECIDOS e EU NÃO SOU UM DINOSSAURO!

Que gritaria pacóvia por aí vai. Quanta desonestidade maldosa, senhores! Cheguei a este país em 1973, era criança mas, saltou-me logo à vista o pardieiro que Portugal era! "Isto" era um pardieiro!!!!! Ó desonestidade! Garanto-vos que, em 50 anos se fez muito! Muito, mesmo! No tempo do sola-rota, os professores - os/as "bébés" que se manifestam hoje em dia de óculos escuros e de barriga cheia! - eram enviados para os confins de um Portugal onde se cagava entre as couves! Não havia saneamento, não havia água canalizada, não havia hipermercados, não havia sapatilhas DE "marca", não havia médicos, (as mulheres não faziam 40 km para parir em segurança; pariam em casa e, muitas... morriam!), não havia smartphones, não havia micro-ondas, poucos tinham frigorífico, poucos bebiam Sumol, não havia Coca-Cola (havia a laranjada Sameiro que nos deixava a língua em tons cor-de-laranja por três dias!), não havia hamburguers, pizza era coisa de italianos e não havia! Havia, com sorte, na aldeia, talvez, um telefone, ali ao canto de uma sala de gente de posses, em cima de uma mesinha coberta a renda - o telefone também ele coberto a renda - e só se podia usar em casos extremos e não, não havia conversas de chacha! Havia só um canal de televisão e a preto-e-branco! Os cafés eram autênticos cinemas! As mulheres-docentes, só se casavam com autorização do Estado! (O Estado era uma ditadura de DIREITA! (Os chegaralhos/laranjotas/iletrados liberais são adeptos dessa ditadura... sem essas paneleirices SNS, reformas e/ou subsídios de desemprego!! Não esquecer!) O banho, esse ritual semanal antes da missa, tomava-se num alguidar com o sabão azul a arrancar-nos a crosta, ajuntada à semana. Até os riquinhos também se banhavam à semana! O cabelo oleoso e piolhoso, o monco no nariz, denunciava-os! Também eram "porquinhos" como os filhos dos seus escravos!
Entremos na modernidade; os jovens não tinham bêémes ou audis prostituídos! Andavam de Zundappes e Sachs e, sem capacetes, partiam postes de cimento à cabeçada! (No lugar de Raposeira, cheguei a ver os miolos de um pobre desgraçado, espalhados pela rua fora!) Morriam como tordos! Cheguei a ver muita coisa que não quero de volta!
Um dia chegou, numa madrugada de 24 de Abril, um grupo de jovens completamente aterrados de medo, vestidos à tropa, e fizeram uma revolução! Não, não foi o povo! Esse, o povo, viviam borradinhos de medo acantonados nos casebres de pedra, barro e cal! Não tugiam nem mugiam! Hoje vejo as elites constantemente em greve porque lhes faltam uns trocados e querem ir prá semana às Cheichelas, Maldivas e o caralhinho que os foda! Poupem, como faziam os vossos avós que comiam broa com "carne" gorda! Nunca se esqueçam que a verdadeira e sublime profissão, neste momento, é quem mata a fome; os AGRICULTORES! Sem eles, nem caganitas à cabritos soltavam! Esqueçam lá os unicórnios ou, na pior das hipóteses, os duplo-córnios! Tudo é dispensável! Não há pílulas para a eternidade! Tudo morre! Até as pedras!
(Tirem o c...lho dos óculos escuros da D&G, Ray Ban e Moschino, quando dão uma entrevista para as TVs! É falta de educação! Eu topo-vos à distância!).
O meu mecânico tem a 4ª classe antiga e até arranja carros aos doutores! 'Tadinho dele! É meu amigo!
Não digam que são ricos e olhem as pessoas olhos nos olhos! A vossa riqueza, enfiem-na pelos entrefolhos acima! Estou a encher uma "maquineta" de sulfatar as vides com mijo! Depois, depois também vou para as manifs "sulfatar" os egoístas, com "comunas" a comandar os direitolos!! Allez hop!