FRUTA A MAIS

 FRUTA A MAIS!

Numa revista de motas e num (num; sim esta palavra existe!) artigo de opinião de um quarto de página, desfrutei por seis vezes a palavra... desfrutar! Enchi-me de desfrutar tal a quantidade de desfrutanço. O desfrute ad nausea desta palavra seja publicada/escrita, falada e usada em roteiros turísticos, leva-me a pensar na quantidade de fruta que por aí vai. Eu vou desfrutando de obriga, o desfrute escarrapachado por todo o lado para deleite e desfrute do povo! Estou quase quase a virar - como quem vira frangos! - de tanto desfrute desfrutificado a cada dentada no riquíssimo vocabulário, desfrutando a cada mastigadela as letras que se vão colando ao céu da boca, qual hóstia malvada que se recusa a ir goelas abaixo! Neste caso, há quem desfrute e use o "canivete" luso do dedo mindinho para descolar o pequeno pedaço de mortalha mastigável e finalmente, desfrutar o corpo do senhor. Esta palavra, desfrutar, desfruto-a com grande gozo, o gozo que se deixou papar pela palavra prostituída e de moda, o intragável... desfrute! Quanto a mim, vou tentar desfrutar uma fruta, o melão casca de carvalho, uma das poucas frutas que tenho o prazer de desfrutar sem me afectar o sistema imunológico! Ah; desfrutem das saborosas avelãs que eu não posso! Uma avelã, uma só, pode des-desfrutar-me a vida!

GATARIA E OUTROS

 GATARIA E OUTROS!

Eles vão aparecendo. São agora sete. Um deu de frosques sabe-se lá para onde. Ainda bem! Menos um! São quatro adultos e três escanzelados infantis! O pequerricho mais rameloso não me pareceu que escapasse. 'Tadinho do bichito, deixava-se apanhar facilmente. Hoje é o mais vivaço. Dei-lhe o nome de Carapau! Tem mesmo as cores de um carapau. É bonito e esguio o sacanita.

Um destes dias, vendo televisão de madrugada, ouvi barulhos de uma das gamelas, que é de metal! Hummm? A minha gataria não janta à uma hora da manhã, pensei. Fui dar uma espreita e apontei a lanterna do telemóvel e, homessa, era um ouriço a lambuzar-se aos restos do "grão" da gataria. Passei a contar com um novo inquilino e afinal, os gatos já o conheciam. Tenho visto algumas manifestações de carinho - julgo eu! - por parte da bichanesa! 'Tá bem. Agora ponho mais "grão" a contar com o espinhudo que, impreterivelmente, entre a meia noite e a uma da manhã, lá vai ele tocar pandeireta com a gamela de metal. Habituei-me à "escova" de quatro patitas. Um destes dias, voltei a espreitar e, ó raios, agora são dois! Se eu já andava teso, alimentar alguma bicharada do Noé, - o gajo da arca -, vão pôr-me a pedir não tarda muito. O que me vale é que há sempre restos de comezaina que os gatos adoram mas... deixam sempre as azeitonas! Não faz mal; os espinhudos gostam de azeitonas. Deixam os caroços, limpinhos!

Aparecem também por aqui umas centopeias grandorras e aranhas do tamanho do Homem-Aranha mas, essa bichesa, acabam a fazer companhia ao Noé, sim, o gajo da arca! Fico à espera que me apareça um galo. Tenho uma receita de nome, cabidela!

Aos trambolhões

 TRAMBOLHÕES!

Não respondeste? Por acaso é recorrente esta pergunta aqui no FaceBook, via mensagens, porque foi "durante a noite" e/ou até durante os fins-de-semana! Pois é; explico. Não tenho espertofone (smartphone!) - nem tão pouco net, em casa! A que tenho está por aí disponível pelos cafés a troco de uma Bock das médias! Se tiver troco de conversa - e sede! - ainda marcha uma segunda ampola. Voltando ao aparelho; tenho uma coisinha um tanto o quanto antiguinho/a; um Nokia! Explico mais uma vez; as vezes que este já foi ao chão e não se estragou, com um smartphone, passava de teso a falido! Os meus filhotes refilam que sou antiquado! Têm razão! O meu netinho dá beijinhos no fone do meu filhote, pensando que o estou a ver! O pai ri-se e o avô também! O neto está mais evoluído que o vô! Como dirá o espevitado rapelho: "foca-se"!

Portanto, sem net ou smartphone ando por aqui, em casa, a "consumir" livros em catadupa e... não dou vazão! Irra! Na verdade, até já tenho duas colunas jónias de cada lado da cama!

Como será o meu futuro fónico? Não sei! Já não ganho dólares canadianos, os euros são somíticos e a cerveja está caríssima.

Resumindo: para quem pensava ter uma vidinha descansada às 40 Primaveras, os trambolhões são cessam de acontecer! As despesas microscópicas são muitas e tudo somado, tudo se torna sumido!

Assim, para conversas e assuntos prementes, e a quem estiver interessado, sucumbo a pedidos do meu número de fone mas... via msg! Se não atender, é porque ando aos caracóis de gasómetro na testa!

Valham-me, pelo menos, as pataniscas da simpática e atenciosa D. Emília!