domingo, 28 de abril de 2024

MUSSOLÍNICOS E OUTRAS AMIBAS!

Desta direitalhada que por aí pulula uivando de felicidade e sobre os ideiais musolínicos, só com Cilit Bang ou Mistolin se consegue tirar a crosta da mentira destas cabecinhas ocas manipuladas pelo sionismo! O povo não lê, não se informa! Limitam-se aos clic-bites de quem lhes lê a redacção previamente corrigida! Ponto! Os papagaios da SIC e TVI fazem o trabalho por eles e depois, quando cozinham o caldo-verde, em vez de sal, põem açúcar de rabanete que, como todos sabemos, é parente do... nabo!

sexta-feira, 26 de abril de 2024

O MELRO - UMA HISTÓRIA DE ABRIL

 O MELRO - UMA HISTÓRIA DE ABRIL

Encontrei-o completamente encharcado, tremendo muito de frio. Não se segurava e tombava para os lados, sempre que o tentava pôr de pé! Estava com sintomas de hipotermia! Era fim de tarde e tinha - soube depois! - levado com uma grande "mangueirada" de água. Eu não sabia o que fazer. Já não era a primeira vez que apanhava um melro juvenil, também este, meio atarantado!
Vivia por aqui, em tempos, uma moça dos seus 16 anos, a S., amante de todo o tipo de bicharada e lembrei-me dela. Perguntei-lhe se teria coragem ou vontade de o criar. Disse-me que ia tentar! Alimentou-o e tempos depois já esvoaçava pela casa e respondia a chamamento! Depois foi à vida! Era livre! A miúda também saiu de cá. Foi viver para terras vizinhas!
O "meu" melro, o desta história, não tinha quem tomasse conta dele. Eu não percebo nada destas coisas de como criar a bicheza. Tenho três gatos "selvagens", fora de casa e, apenas me limito a dar-lhe comida que, entretanto, já partilham com dois ouriços que se habituaram a comida de gato.
Levei-o para casa na esperança que ele sobrevivesse. Dentro de uma caixa de papelão, soprei-lhe calor com um secador de cabelo. (É aqui que povão que me conhece, se questionam, para que raio quer o careca, um secador de cabelo? Blhéc ó coisos! É para secar tintas... arte?! Entendeis ou não!?)
Adiante; o passaroco secou e deixou de tremer! - "Ó que carago! Se calhar dei-lhe calor a mais!" - pensei eu! Mas não; estava vivinho! Embrulhei-o numas antigas calças de pijama e lá ficou ele completamente sossegadinho. - "Não me morras pá! Amanhã venho por ti!"
No dia seguinte, abri a garagem e lá estava ele, dentro da caixa, tapada com um acrílico, aos pulos, a tentar evadir-se! Levei-o ao local onde o encontrei no dia anterior, dentro da mesma caixa que supus nunca conseguiria ultrapassar a altura da mesma! Contornei o carro e abri a porta do pendura. O mafarrico já não estava dentro do caixote. Abri as quatro portas do carro, e zás, levanta-se o melro debaixo dos pedais do carro e, abala que se faz tarde! Voou uns trinta metros para se segurar no ramo de um arbusto vizinho. "Olha-me este! Eu a pensar que o gajito não conseguia voar!" - pensei eu com um sorriso e alívio na alma! A sério; não tenho queda para criar bichos!
O melro voltou a bater asas e vi-o desparecer por ali fora! Voltei a sorrir com a coincidência da data: 25 de Abril de 2024, cinquenta anos depois da Revolução dos Cravos! A Liberdade senhores, a liberdade!

quinta-feira, 18 de abril de 2024

CLIMATICES

CLIMATICES!

Há 47 anos (Quarenta e sete anos; fiz as contas!), por esta altura, mais dia menos dia fui, eu e uns gandins (...e duas moçoilas muito divertidas, uma delas já desaparecida!), tomar banho ao Poço do Frade! Fazia um calor medonho! O Poço do Frade corria normalíssimo, avermelhado de sangue como de costume e com uma quantidade considerável de tripas provenientes do matadouro existente a montante do rio Peio, na zona da praia fluvial de Ranha. O Poço do Frade, "praia fluvial", depois do Inverno com direito a cheias, engalanava-se de tripas presas nos ramos de arbustos e árvores circundantes. Era a "nossa" praia, a mais próxima para quem não tinha Zundapp ou Sachs, os BM'S da nossa juventude! Localizada no centro da vila, a "praia-das-tripas", era a penantes que lá se chegava! A água, proveniente das serras vizinhas, chegava-nos, como de costume, gelada! O calor era muito mas era o único "empurrão" que nos convencia a mergulhar em tais águas não recomendáveis! Por vezes as tripas, fresquinhas, "enrodilhavam-se-nos" nos dedos dos pés, passado o susto de ter sido uma hipotética cobra-d'água; e lá continuávamos nós a nadar como rãs.
Tempos do carago, de jovens bebedores de cerveja! As "minis" eram raras! Nem sequer sabíamos o que era um latte ou capucino! Era um bota pra lá Super Bock, aguardente manhosa - para os mais treinados! - e pataniscas de bacalhau; muitas! As "natas" também eram coisa rara! Eu era adepto de iscas de fígado de cebolada num molete! Sim, usávamos perfume e para os sovacos, era o after-shave do pai e pouco mais! Havia quem usasse o perfume da mãe, só destinado para dias de festa mas, naquele tempo, quem é que sabia o que era perfume de mulher ou homem?! Era um vira milho; este também serve!
O final dos anos setenta foram divertidos. As pequenas loucuras também se faziam mas, não se destruía património do Estado - caixotes do lixo, miradouros, placas sinaléticas, etc. - só porque sim!
O calor irrespirável existiu, há mais de quarenta anos e, não me recordo de alguém se preocupar, sequer, com os peidos das vacas leiteiras!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

DIA DOS NAMORADOS

UM CONTO PARA NAMORADOS

M e L foram casados durante 15 anos. L, mulher muito feminina, adorava receber flores. M aparecia em casa, sempre com alguma coisa roubada no jardim Municipal. Naquele dia dos namorados - o último - ela suspirou e disse: "Não me ofereces, pelo menos hoje, um ramos de flores mais xpto?" - M, um gajo sempre teso, coçou a cabeça e anuiu! - "Ok. Vou oferecer-te um arranjo bué da fixe!" - A vida era difícil naquela casa. Faltava tudo, muita coisa!
Era já noite tímida quando M apareceu a L, em casa, com as mãos atrás das costas. Rasgou-se um sorriso de orelha a orelha na face rosada de L! De imediato, M saca do ramo... uma tronchuda com duas cenouras e um nabo no meio do arranjo! - "És um merdas!" gritou L! M, soube logo ali que, de facto, tinha feito merda e da séria. Ainda balbuciou dizendo: "'Mor!! Com isto podes fazer uma sopinha, 'mor!" - O divórcio aconteceu uma semana depois!

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

A MINHA AVÓ MARIA

 

Por diversas vezes, nesta net sem controlo e pejada de “ingunurantes”, vejo rodelinhas de laranja esparramadas - por exp.! - em cima de cabrito assado, iscas de fígado de cebolada, leitão à moda de algum lugar e, questiono-me se isto não será mais uma dessas coisas parvinhas à lá Chef premiados com pneus miquelin! Não me lembro ver verdadeiros assados no forno, feitos pelo povo, levar rodelas de laranja "para enfeitar"! Será para enfeitar ou para desenfastiar das carradas de óleo para fritos e/ou azeite(?) tingido a clorofila!

Em miúdo, acabadinho de chegar a Portugal, fiquei enojadiço quando vi a minha avó usar bosta de vaca para selar a porta do forno! Neste Minho profundo dos idos anos 70 do século passado, muito estranhei tal “ritual” mas, com o tempo, acabei por me habituar ao engenho e arte da sabedoria popular! Fui sabendo que esta "calafetagem" era completamente normal! Toda gente o fazia! Será que a expressão “vai à merda!”, nasceu deste gesto tão corriqueiro?

Do forno e das mãos da 'vó Maria - ou Ti Miquinhas, como era conhecida por todos! - saía broa de milho, bôla de sardinhas, bôla de entremeada e chouriço, coelho assado, e sei lá que mais! Os meus avós não eram ricos mas, às quintas-feiras, era dia de ajudar a quem pedia comida! Faziam filinha as pessoas a quem lhes faltava comida! A todos, nunca a minha avó faltou com comida. Não me lembro da 'vó Maria usar rodelas de laranja para enfeitar o que quer que seja! Se as tivesse, dava-as inteiras!

Eu como as rodelas de laranja, porque gosto de laranjas mas, não me espantaria nada, ver um destes dias, uma rodela de laranja em cima do ovo da "francesinha"! Venha de lá um Chef todo xpto que a coisa nasce! Raios; acabei de dar uma ideia parva!

Adenda: (Recadinho ao filhote que é Chef! Tu num te astrevas carago!)

terça-feira, 31 de outubro de 2023

MONSTROS NO QUARTO

 MONSTROS NO QUARTO

O meu netinho tem medo do Lobo Mau. Disse ao meu filho que aplicasse a técnica que usei quando ele era pequenito e ver se resulta. A "técnica" foi a seguinte: O meu filhote tinha medo de alguns monstros que, pelos vistos, viviam debaixo da cama! Não sabia e fiz-lhe ver isso mesmo! Espreitei para debaixo do fundo escuro e dei conta que os tinha encontrado! Meti-me por baixo e fingi que lutava com eles; todos! Eram vários! O estardalhaço era muito! Inventei vozes guturais! Desafiei os "animais", sacudi a cama bastas vezes, berrei e, saí debaixo, ofegante! Olhei para ele - vi-o de sorriso nervoso, olhos esbugalhados e, disse-lhe mais ou menos isto: "Nem queiras saber o que aconteceu! Fugiram todos com medo, os cagarolas!"
Depois desse dia de "pancadaria", o filhote passou a ter as noites descansadinho da silva!
As minhas crias não cresceram com um pai normal, não senhor! Não fui melhor porque, também não me deixaram ser! A frase, muitas vezes usada contra mim, o "nunca mais cresces!", costumo dizer, "pois não"! Viro costas e vou ler Banda Desenhada ou, ver desenhos animados... que não é a mesma coisa! Tempus fugit!

terça-feira, 3 de outubro de 2023

CODEX

CODEX QUINHENTOS-NÃO-SEI-QUANTOS

Primeiro foi o verbo! Havia muitos no livro do senhor da RTP! É um livro escrito por gost writers - ou IA! - e começa com a perseguição a um velhote por um malfeitor de cara tapada pelas quelhas de um bairro de lata no Brasil. O velhote sobe todas aquelas ruelas por ali acima e morre! Mas não foi com um ataque de asma! É o meliante que o persegue quem o mata. A seguir abarbata a pastinha com os tais segredos! Crei-que! Depois, a cena, salta para Portugal! Dois gajos falam sobre história de Portugal que todo o bicho careta aprende na primária... se não tiver comido sopas-de-cavalo-cansado! Depois, salta para Miami! Já não me lembro o que se passou por lá! Depois aparecem uns mafiosos a falar italonhês, nhó nhó nhó! Os dialogantes não estavam a comer spaghetti alle vongole! Um clássico que escapou ao senhor-que-manda-na-RTP! Depois, lá volta outra vez a história de Portugal contada de modos a que o meu netinho de três anitos entenda e mesmo assim, o fedelho vira costas!
Bem! Tudo isto era escusado! O segredo codex-quinhentos-não-sei-quantos podia muito bem ter começado numa quinta gigantesca, solarenga, com um velhinho a arrastar os chanatos pela cozinha, trepar para uma cadeira de vime, alcançar uma latinha no topo do armário - daquelas do sortido de biscoitos, que costuma ter botões e agulhas! - e, a armação da frágil cadeira ceder. O vetusto senhor caía dentro do pote de três patas, cheio de caldo verde, a lata abria-se e espalhava os post-it todos pelo soalho frio da cozinha. A criada de todo o serviço apanhava os bilhetinhos e ia vender tudo ao senhor Adalberto da mercearia, ex-emigrante na América, e que por sua vez os ia vender ao porteiro passador da Embaixada ianque. O resto não sei e, nem sei se chegarei a saber!
Constato a quantidade de raças que já circulam pela série. Não sei o que faz ali a chavala macaense que já anda a catrapiscar o Tomaz de Noronha(Tomaz deve ser com zê!) que está quase a levar com um par de hastes. Há uma Constança! Tudo nomes cagões! Hey! Nada contra hã?! Mas, não havia necessidade!
Esta série podia muito bem ter como título "Cozido à Portuguesa 5-69"! Era uma espécie de tudo ao molhe e fé no Orelhas da RTP! Olhem pró que vos digo! Se não adormecer, ainda vou ver um mongol pianista e assassino, o Goucha a fazer de studd e uma gaja com três mamas!